No estado de Taraba (Nigéria), o número de mortos sobe para dez


13º país na classificação de nações que mais perseguem os cristãos, a Nigéria está sempre no noticiário internacional por conta da violência religiosa que ocorre no norte do território. Dessa vez, o problema se instalou na parte sul: dez pessoas já foram mortas
O número de mortos na violência que eclodiu na manhã de domingo (18), entre muçulmanos e cristãos, na cidade de Ibi, estado de Taraba, subiu para dez.
Entre os que foram mortos na segunda-feira (19), um policial faleceu na tentativa de resgatar alguns refugiados que fugiam da cidade para evitar serem pegos no fogo cruzado.

Soldados do 93º Batalhão de Takum agiram a fim de restabelecer a normalidade à cidade. Os oficiais prenderam um número desconhecido de pessoas vestidas com o uniforme do Exército e, acredita-se que eram mercenários de Sarkin Kudu, uma aldeia localizada na fronteira do estado de Plateau.

Armas perigosas, incluindo três fuzis AK 47, uma espingarda, 12 canhões de barril único, fabricados localmente, um lançador de foguetes, uma pistola, 23 armas e 55 munições dinamarquesas, bem como 20 anéis e vários encantos, foram recuperados por soldados liderados pelo tenente-coronel N.J Edet.

Além dos mortos, mais de 200 pessoas sofreram diferentes graus de lesão e estão recebendo tratamento em vários hospitais em Ibi e no Hospital Geral de Wukari, que se diz lotado, sem condições para cuidar de mais vítimas.

Domingo (18), cinco pessoas foram mortas pela violência desencadeada a partir da tentativa de um homem de passar pela barricada montada em frente à Igreja Cristã Reformada da Nigéria (CRCN, sigla em inglês). Enquanto o culto ainda estava em andamento, a Boys Brigade (Brigada dos Meninos, tradução livre) resistiu ao ataque, com o objetivo de proteger aqueles que estavam dentro da igreja.

Presidente do governo local de Ibi, Alhaji Ishaka Adamu, disse ao jornal THISDAYque a violência tem um tom político e também parece ser uma crise religiosa. Ele confirmou que várias casas foram incendiadas nos ataques.

Por conta dos levantes violentos, o governo estadual declarou toque de recolher de 24 horas na cidade, como parte dos esforços para evitar uma nova escalada dos ataques.

Uma equipe de soldados do 93º Batalhão de Takum e policiais anti-motim estão espalhados pela cidade a fim de combater a violência. Em comunicado assinado pelo Comissário Estadual da Informação, Sr. Emmanuel Bello, o governo afirmou que não vai parar enquanto não devolver a paz à cidade conturbada.
FonteAll Africa
TraduçãoAna Luíza Vastag

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