Pastor iraniano Robert Asseriyan recebe liberdade condicional

O regime islâmico do Irã tem implementado uma estratégia ao soltar os prisioneiros sob a condição de ficarem calados. Isto está ocorrendo com o intuito de se reconstruir a imagem distorcida do país na comunidade internacional e ajudá-lo a escapar da pressão da mídia, contrária à violação dos direitos humanos
De acordo com os correspondentes da agência de notícias Mohabat News, o pastor Robert Asseriyan, um dos líderes da Igreja Assembleia de Deus Central em Teerã, foi solto após permanecer 43 dias sob custódia. As autoridades de segurança o prenderam durante um culto em 21 de maio.

Segundo o relato, não há informações de como o pastor foi solto. Entretanto, ele foi libertado temporariamente, sob fiança, em 2 de julho. Os cultos às quintas-feiras na Assembleia de Deus Central foram cancelados e a igreja foi fechada à força durante as eleições presidenciais.

Em resposta à prisão de Asseriyan, o Dr. George O. Wood, superintendente do Conselho Geral das Assembleias de Deus nos EUA, liberou uma nota expressando sua preocupação pela detenção do pastor e pela atual pressão sobre as igrejas de língua farsi. Ele também pediu às autoridades iranianas que cessassem com a perseguição religiosa no país. Em outro trecho da nota, Wood mencionou que o fechamento da Igreja Assembleia de Deus Central em Teerã é um ponto de partida para se fechar todas as igrejas de língua farsi no país e pôr fim à proclamação pública do evangelho de Jesus Cristo no Irã.

Agora, o pastor Robert está solto e as autoridades de segurança pediram a ele e sua família para ficarem calados e não darem entrevista à mídia sobre seu caso, sua libertação ou seu julgamento. De algum modo, o “ficar calado” é uma condição para a sua liberdade. Esta condição tinha sido aplicada anteriormente a outros prisioneiros cristãos.

O “silêncio pela liberdade” demonstra que as autoridades iranianas querem retratar ações como esta como uma melhora dos direitos humanos no Irã e não querem que os prisioneiros falem algo contrário a isto.

Há muito tempo, os cristãos têm sido presos no Irã, simplesmente por compartilharem sua fé ou manterem igrejas em suas casas. O presidente recém-eleito, Hassam Rouhani, prometeu, em seu segundo discurso, que preservará os direitos religiosos das minorias étnicas e que responderá a suas exigências legítimas. A pergunta agora é: Rouhani considera os muçulmanos que se converteram ao cristianismo como minoria religiosa e os inclui em suas promessas? Qual a sua visão sobre as igrejas de língua farsi fechadas recentemente e o que ele fará para reabri-las?
FontePortas Abertas Internacional
TraduçãoGetúlio A. Cidade

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