Coreia do Norte cancela convite a enviado dos EUA

O enviado especial dos EUA tinha planejado visitar Pyongyang com esperanças de trazer o prisioneiro norte-americano Kenneth Bae de volta para casa. O cristão foi preso em 12 de novembro de 2012 acusado de ser anti-Coreia do Norte e planejar um golpe de estado de cunho religioso
“Estamos surpresos e decepcionados”, diz uma nota da porta-voz Marie Harf, do Departamento de Estado dos EUA. “Buscamos esclarecimento por parte da Coreia do Norte sobre sua decisão, e temos feito todo o esforço para que a viagem do embaixador Robert King ocorra como planejada ou em uma data posterior”.

Robert King, enviado especial norte-americano de direitos humanos na Coreia do Norte, havia planejado pedir clemência em favor de Kenneth. O coreano-americano foi preso na Coreia do Norte, na cidade de Rajin-Sonbong. Dez meses depois, Kenneth encontra-se com a saúde debilitada.

Os promotores judiciais da Coreia do Norte acusaram o coreano-americano de planejar um golpe de estado de cunho religioso e anti-nacionalista; de estabelecer bases na China com o propósito de derrubar a Coreia do Norte; de incentivar os cidadãos norte-coreanos a causar a queda do governo e de conduzir uma campanha difamatória. Em 13 de abril de 2013, ele foi condenado a 15 anos de trabalhos forçados.

Sua família que, de início, permaneceu calada, esperando por uma intervenção diplomática, anunciou em meados de agosto que Kenneth tinha sido transferido do campo de trabalhos forçados para um hospital, porque sua saúde tinha deteriorado rapidamente. Ele teria perdido mais de 22 kg e sofria de problemas cardíacos, diabetes, pressão alta, gordura no fígado e problemas nas costas.

“Estamos muito preocupados com a saúde do Sr. Kenneth Bae e continuamos a instar em que as autoridades da Coreia do Norte concedam anistia especial ao Sr. Kenneth Bae e sua libertação imediata por razões humanitárias”, disse a porta-voz Marie Harf em sua declaração.

Não está claro o quê o governo da Coreia do Norte possa ter exigido em troca de Kenneth Bae. O país disse explicitamente que o prisioneiro não é moeda de troca, mas observadores da Coreia do Norte disseram que isso é difícil de acreditar. Uma página em inglês no Facebook e um site trazem a campanha “Free Kenneth Bae” (Libertem Kenneth Bae). 

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FonteWorld Watch Monitor
TraduçãoGetúlio A. Cidade

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