Ativista cristã de direitos humanos é libertada da prisão

 A chinesa Ni Yulan, defensora de direitos humanos, foi libertada em 5 de outubro, após cumprir pena de dois anos e meio de reclusão. Ela está doente por não ter tido o tratamento adequado de uma enfermidade durante o tempo na prisão
Ni Yulan, ativista e jurista cristã, foi julgada em 2011 e sentenciada em 2012 a dois anos e oito meses de detenção por "fraude" e "perturbação da ordem". A acusação de fraude foi retirada logo depois e a pena reduzida em dois meses. Seu marido também foi sentenciado a dois anos.
Antes de ser presa, Ni trabalhou com uma variedade de casos relacionados a direitos, incluindo uma boa quantidade sobre liberdade religiosa. De 2001 em diante, ela se especializou em direito familiar, defendendo vítimas de despejo forçado. Em 2002, ela foi espancada e torturada por mais de 50 horas enquanto estava na prisão. Como resultado, ela ficou permanentemente lesionada e incapaz de andar sem o auxílio de muletas.

Após sua libertação, Ni continuou com o seu trabalho, e foi presa por diversas ocasiões entre 2004 e 2008. Em 14 de abril de 2010, Ni foi solta, mas ficou desabrigada, vivendo com seu marido em uma tenda doada próximo à Praça Tiananmen.
Em 2012, Ni Yulan foi premiada pelo governo holandês com o Prêmio Tulip de Defensores de Direitos Humanos, sendo nomeada pelas organizações Christian Solidarity Worldwide (CSW) e China Aid. Sua filha, que planejava comparecer à cerimônia em sua homenagem, foi parada no aeroporto na rota para Amsterdã, e impedida de chegar.
Em julho de 2013, a CSW relatou que uma aplicação para cuidado médico de Ni foi rejeitada. Um tumor detectado em 2012 se desenvolveu, deixando a cristã em más condições de saúde após sua libertação.
Foto: Anistia Internacional

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