A perseguição religiosa no Djibuti

O principal mecanismo de perseguição no Djibuti é a "paranoia ditatorial", em combinação com o "extremismo islâmico". A população do país soma mais de 95% de muçulmanos sunitas que, tradicionalmente, aderem à escola Shafi da lei religiosa islâmica, semelhante ao Iêmen, à Somália, mas não à Arábia Saudita
A pressão contra os cristãos, constante em todo o país, tende a vir principalmente da família e da comunidade. O governo geralmente respeita a proteção constitucional da liberdade de religião, embora a sua atitude geral para com os cristãos e outras minorias religiosas seja negativa.

Em países de maioria muçulmana na África subsaariana, a conversão do islamismo é um estigma social poderoso. Os cidadãos que se convertem ao cristianismo precisam ser bastante discretos. Em Djibuti, é provável que quem abandone o Islã por Cristo seja rejeitado por sua família, clã e comunidade. Apesar disso, relatos de ataques a igrejas ou templos sendo forçados a fechar são raros.

Em outros países da região, o Islã tem sido um fator unificador diante do descontentamento político. Este cenário é uma possibilidade real no Djibouti, especialmente se países muçulmanos com interesses nessa região começarem a financiar ou apoiar extremistas religiosos, como a Eritreia tem feito na Somália e na Etiópia. Se, no futuro próximo, os movimentos extremistas islâmicos conseguirem obter uma posição no Djibouti, isso só aumentaria a pressão sobre a pequena Igreja no país, incluindo os cristãos ortodoxos etíopes.
FontePortas Abertas EUA
TraduçãoAna Luíza Vastag

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