Livres para quê? – Parte 2

"Irmãos, vocês foram chamados para a liberdade. Mas não usem a liberdade para dar ocasião à vontade da carne; pelo contrário, sirvam uns aos outros mediante o amor." Gálatas 5.13
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Livres para correr
Em sua visita a Uganda, o holandês Wim conheceu uma viúva com uma história tão triste quanto a de Gladys. Seu marido havia sido apedrejado por ser cristão. “Ela disse que havia perdoado os assassinos. Perdão é uma palavra difícil de aparecer no meu vocabulário. Pensando nos meus negócios, quando clientes dão calote, quando mentem ou trapaceiam, como posso perdoar? No entanto, essa mulher não só perdoou como ora pelos assassinos de seu marido!”, comenta Wim.

O encontro de Wim com a Igreja Perseguida na África se deu em meio a uma circunstância muito especial. Ele e outros 119 holandeses participavam de uma maratona humanitária em Uganda, que doaria o patrocínio levantado a diversas instituições beneficentes. Vinte atletas, incluindo Wim, doaram o valor que arrecadaram para os projetos da Portas Abertas na região.

“A maratona se tornou algo secundário em relação aos encontros. Achei que seria interessante fazer algo extremo, para sofrer como os cristãos perseguidos, mas percebi que o que eu fazia não tinha comparação com o que eles enfrentavam. O importante, porém, não é o que você faz. Importa fazer algo.

A Bíblia fala sempre sobre ajudar o pobre e atender ao perseguido. Pode ser correndo uma maratona, doando 1 euro ou orando. O que vale é o princípio de fazer o que está ao seu alcance para ajudar”.

Essa foi também a recomendação de Paulo aos coríntios, em relação à ajuda aos judeus: “Cada um dê conforme determinou em seu coração, não com pesar ou por obrigação, pois Deus ama quem dá com alegria” (2Co 9.7).

Livres para glorificar
Depois de exortar a Igreja de Corinto ao serviço, Paulo apresenta os frutos dessa atitude: “O serviço ministerial que vocês estão realizando não está apenas suprindo as necessidades do povo de Deus, mas também transbordando em muitas expressões de gratidão a Deus” (2Co 9.12).

A fartura dos coríntios foi motivo de louvor a Deus quando ela foi colocada a serviço da necessidade de seus irmãos judeus. Da mesma forma, a liberdade da Igreja no Brasil trará glórias a Deus quando usada em favor dos cristãos perseguidos.

Servir traz satisfação ao que serve, alívio e gratidão a quem é servido e, acima de tudo, glória a Deus, que é quem provê tanto a um como ao outro. A própria disposição de servir é algo que não nasce de nós, mas vem de Deus, que dá a uns a liberdade e generosidade para socorrer, e a outros, alegria e humildade para abençoar, como demonstra o irmão Magaji Maimai, da Nigéria, cuja vila recebeu a construção de uma escola para as crianças cristãs:

“Apreciamos o fato de vocês terem feito duas coisas importantes em nosso favor. Primeiro, nossas crianças, além de receber educação de qualidade, também podem ter aula de ensino religioso cristão [e não precisam mais ir às aulas de ensino religioso islâmico]. Este era um grande problema, porque nossos filhos estavam sendo sistematicamente afastados do cristianismo.

Em segundo lugar, essas escolas que estão sendo construídas também geram emprego para os nossos jovens, que precisam pagar pelos estudos. Além disso, há aqueles que não vão à escola, mas que têm aprendido técnicas para criar gado e aves. Vocês têm ensinado e dado condições de iniciarem sua própria criação. E agora eles estão muito bem. Só podemos agradecer. Antes disso, nossos jovens estavam sedo atraídos ao islamismo por causa de oportunidades de emprego. Mas isso já é passado. Agradecemos muito a vocês e damos glórias a Deus, pois nossa fé está mais forte. Estamos firmes espiritual e educacionalmente. Mais uma vez, muito obrigado por sua ajuda e contribuição de tantas formas. Que nosso Pai Celeste os abençoe fartamente”.

Como cristãos, servir é o nosso chamado. E livres, nossa liberdade deve ser a serviço da glória de Deus.

Quer fazer mais? Se você desejar uma experiência mais próxima de serviço à Igreja Perseguida, considere participar de uma viagem de campo. Sem Fronteiras, o ministério de viagens da Portas Abertas, disponibiliza a cristãos brasileiros a oportunidade de estarem lado a lado com os cristãos perseguidos. Confira a agenda de viagens para 2014 e programe-se!

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FonteRevista Portas Abertas

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