Não abro mão da minha igreja

"Meu nome é Swapon*, sou pastor de uma igreja pentecostal com cinquenta membros. Entretanto, esta é uma igreja diferente. A congregação reúne-se semanalmente em minha casa..."
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"... a área em que moro e desenvolvo meu ministério é dominada pelos seguidores do Islã e a comunidade muçulmana se opõe à construção de uma igreja ali. Desta forma, decidi que reformaria minha casa a fim de ter uma sala grande o suficiente para acomodar os cinquenta membros da minha igreja.
Durante o ano de 2000, a comunidade muçulmana local forçou a igreja a mudar-se para outro lugar. No primeiro dia que preguei um sermão em minha casa, um grande grupo de arruaceiros muçulmanos advertiu os membros para que cessassem as atividades de adoração. O grupo gritava palavras de baixo calão do lado de fora do prédio e ameaçava matar os cristãos se eles utilizassem minha casa como igreja novamente. Nada aconteceu.

Entretanto, os líderes locais visitaram a minha casa, enquanto eu ministrava uma aula de liderança teológica. Os comandantes queriam saber por que permiti que minha casa fosse usada como igreja. Eles falaram que o que eu estava fazendo, era na verdade, contra as leis em Zanzibar, já que nenhuma permissão oficial fora concedida. Então corajosamente respondi que eles, como muçulmanos, nunca concederiam um pedaço de terra para construir uma igreja, por esta razão eu havia reformado minha casa.

Os comandantes ficaram perplexos com a minha ousadia e abordaram o assunto de outra maneira. Eles afirmaram que os meus vizinhos muçulmanos estavam reclamando do barulho que a congregação fazia durante os cultos. Então, de maneira sensata respondi que a igreja fazia apenas um culto por semana, enquanto seus vizinhos acordavam todos os dias às quatro horas da manhã com suas chamadas para oração. Consequentemente, que eu não via nenhuma razão justa para que os muçulmanos reclamassem do barulho.

Envergonhados por sua tentativa fracassada, os dois líderes partiram, mas um pouco mais tarde, recebi uma advertência oficial para fechar a igreja e desocupar a área. Eu simplesmente ignorei a carta e me recusei a agir de acordo com as exigências.  Novamente, nada aconteceu com aquela advertência.

Entretanto, um dia, um grupo de arruaceiros islâmicos foi até a minha casa um pouco depois das orações tradicionais na mesquita local. Eles atiraram pedras no prédio, arrombaram a porta e quebraram tudo o que havia dentro da casa.

Um dos meus filhos correu e telefonou à polícia de Dar-es-Salaam que, por sua vez, telefonou para a polícia de Zanzibar. Neste meio tempo, eu tentei apanhar um dos membros do grupo e tirei algumas fotografias dele e do grupo enquanto estavam atirando pedras em minha casa.

Um amigo do muçulmano capturado dirigiu-se rapidamente à delegacia e falou que seu amigo havia sido batizado na minha igreja contra sua vontade. Então a polícia me acusou de instigar o ataque. Contudo, não foi neste momento que cessou a perseguição.

Tenho enfrentado muitos problemas por conta das reuniões em minha casa, mas até o momento, a polícia não me obrigou a fechar a congregação."

Pedidos de oração
• Agradeça ao Senhor pela fé, perseverança e persistência de Swapon no ministério pastoral.
• Interceda para que Swapon e sua igreja permaneçam firmes apesar de toda a pressão que enfrentam da comunidade muçulmana.
O texto acima foi retirado do site do Domingo da Igreja Perseguida (DIP) 2014, que tem como tema “Pastores e líderes africanos”. Toda semana, novos pedidos de oração são publicados. Acompanhe!
FontePortas Abertas Internacional e DIP
Tradução Marcelo Peixoto

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