A Portas Abertas está com os cristãos centro-africanos

Ao longo de 2013, as comunidades cristãs da República Centro-Africana enfrentaram intenso sofrimento. Em dezembro de 2012, a aliança muçulmana Seleka começou a tomar amplos setores do país. Em 24 de março de 2013, rebeldes tomaram a capital Bangui e depuseram o presidente Bozizé
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Desde então a República Centro-Africana ficou em estado de anarquia. Líderes, guerreiros e milícias da coalizão Seleka tomaram o controle do país e as atrocidades, entre elas crimes de guerra, foram realizadas principalmente contra a população cristã.
À medida que a crise se aprofundou, a comunidade internacional parecia olhar para o outro lado e a igreja local se sentiu cada vez mais isolada do Corpo de Cristo. Ao longo de 2013, a Portas Abertas manteve-se presente no país, apoiando tanto necessidades espirituais como físicas da Igreja centro-africana.
Incentivo através da presençaEm outubro de 2013, a Portas Abertas realizou uma conferência de lideranças em Bangui com a participação de aproximadamente 100 líderes de igrejas centro-africanas. Esta foi uma oportunidade para falarem sobre tudo o que haviam passado em 2013 e explicar o efeito que a crise teve em suas congregações.
Dieudonné Nzapalianga, arcebispo de Bangui e presidente do Conselho Episcopal na República Centro-Africana, comentou: "Cristãos, têm vindo a Bangui para dizer não aos excessos das forças Seleka. O instinto de sobrevivência nos empurrou para a assembleia. Esta conferência mostra aos cristãos que Cristo está com a nação centro-africana. O ódio não tem a última palavra, o amor sim. A morte não tem a última palavra, a vida sim!".
A conferência foi mais do que apenas um tempo de encorajamento para os líderes da Igreja da República Centro-Africana. Eles têm ponderado os acontecimentos que levaram à crise atual, eles também reconheceram as áreas em que a Igreja falhou em seu testemunho. O que se seguiu foi um tempo de arrependimento e intercessão pelo país.
Outro objetivo da conferência foi reunir informações sobre a situação no país para melhor informar o mundo das circunstâncias na região. Isto resultou em uma declaração chamada Declaração de Bangui, na qual representantes das principais denominações apelaram para as Nações Unidas intervirem na crise.
Em seguida, a Portas Abertas usou a Declaração de Bangui para aumentar a conscientização da condição entre os líderes mundiais na Europa e nas Nações Unidas.
Estima-se que um milhão de pessoas se deslocou e metade da população está em necessidade direta de assistência humanitária. Em 27 de novembro, a ONU emitiu um alerta para a crise da República Centro-Africana, alerta de que o país estava em risco de "queda em completo caos". A violência deixou a população devastada, os recursos para os deslocados internos e refugiados eram escassos, o trabalho de assistência foi prejudicado pela insegurança e persistentes tensões.
Durante uma visita em Bangui, no mês de outubro, uma ajuda emergencial foi entregue a 38 famílias. Assistência foi prestada a 6 viúvas de pastores mortos por rebeldes Seleka, a 4 pastores que sofreram saques durante a campanha rebelde, bem como a vítimas de sequestros, roubos de carros e bombardeios.
Além disso, a Portas Abertas ajudou 23 pastores que fugiram para Camarões e lá se encontram em terríveis circunstâncias; muitos sofrem de doenças graves, devido às condições de frio e chuva. Vítimas da violência rebelde foram visitadas e receberam apoio, cobrindo algumas de suas despesas médicas.
Pedidos de oração
Ore para que os cristãos centro-africanos possam enfrentar com fé os desafios em 2014.
Interceda pelos trabalhos da Portas Abertas, que está liderando uma campanha de oração pela República Centro-Africana, a fim de que os cristãos centro-africanos não se sintam sozinhos.
Junte-se a nós no agradecimento ao Senhor por Ele dar a cada um a oportunidade de fazer a diferença no país.
FontePortas Abertas Internacional
TraduçãoAna Maria de Almeida

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