Fé preciosa

O Vietnã é um lugar de desafio e esperança – 18º país na Classificação da Perseguição Religiosa 2014. Drogas, AIDS e prostituição são apenas alguns dos problemas que assolam o país. Centenas de cristãos condenados por falsas acusações de atividades contra o governo estão agora na prisão
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"Esta é a mensagem que dele ouvimos e transmitimos a vocês: Deus é luz; nele não há treva alguma." 1João 1.5
O evangelho carrega a esperança pela qual o Vietnã clama. Apesar da perseguição, muitos estão se convertendo através do testemunho de cristãos perseguidos por sua fé. Uma ramificação da Igreja está crescendo, especialmente entre os povos tribais. Enquanto a escuridão parece dominar, sabemos que Deus está trabalhando para levar a sua luz.

Cristã tribal é brutalmente agredidaTau* saiu de sua aldeia remota rumo à capital do Vietnã, Hanói, em busca de ajuda. "As autoridades locais queriam que ela negasse sua fé em Jesus Cristo", disse uma fonte local cujo nome não pode ser revelado por questões de segurança.

"Tau costumava praticar o culto ancestral. Quando ela e seu marido se tornaram seguidores de Cristo, se desfizeram de seus santuários ancestrais e se juntaram a uma igreja para crescer em sua nova fé."
Mas, em dezembro de 2013, os oficiais da aldeia tomaram conhecimento de sua conversão. O marido de Tau recebeu uma carta convocando-o para uma reunião no escritório do Comitê do Povo, um órgão executivo a nível provincial; por isso, fugiu.
"Ele fugiu porque ameaçaram torturá-lo", disse a mesma fonte. "Quando os funcionários descobriram (sobre sua fuga), chamaram Tau. Eles exigiram que os altares (ancestrais) fossem restaurados e que Tau voltasse à sua antiga religião."
"Ela defendeu sua fé e seu direito de crer", a fonte continuou, "e, por causa disso, foi atingida várias vezes no rosto e no estômago."
Tau procurou refúgio na casa de um amigo cristão, em Hanói. "Ela não voltou para sua cidade natal desde o espancamento", disse a fonte local.
Encontros da igreja interrompidos, fiéis atingidosA Portas Abertas também tomou conhecimento de igrejas domésticas passando por momentos difíceis nas mãos da polícia local, no norte do Vietnã, entre novembro e dezembro de 2013.
"No ano passado, uma igreja local organizou uma celebração de Natal", contou um trabalhador cristão . "Mas os policiais cercaram a casa para impedir as pessoas de entrarem. Eles também capturaram o pastor, bateram nele e o mantiveram preso por um dia."
Vandalizar as casas dos cristãos tem sido uma tática comum para impedir os cristãos de se reunirem. "Nas manhãs de domingo, a polícia fica na porta das casas dos cristãos para se certificar de que eles não vão à igreja", afirmou com um líder de igreja no Vietnã.
"Eles também falam mal de cristãos para outros cristãos", acrescentou o líder da igreja. "Aqueles que trabalham em escritórios são maltratados por seus chefes que, por sua vez, são pressionados pelas autoridades. Assim, a maioria dos cristãos abre seu próprio negócio (em vez de trabalhar para os outros)."
Outras duas igrejas domésticas no Vietnã foram invadidas durante o mesmo período. Seus membros se dispersaram, Bíblias foram confiscadas e um pastor foi agredido com tijolos. Pelo menos 20 cristãos estão lutando para se reunir aos domingos para o culto.
A oração é o principal pedido que a Portas Abertas recebe de irmãos perseguidos. Junte-se a nós em oração pelos países que enfrentam intensa perseguição, como o Vietnã, e por pessoas como Tau.

Pedidos de oração
  • Ore para que estes cristãos experimentem uma alegria indescritível e que almejem coisas eternas ao invés de temporais.
  • Peça para que Tau tenha suas necessidades físicas e espirituais atendidas durante este tempo difícil de provações.
  • Interceda para que o Senhor multiplique o número de cristãos e igrejas domésticas no norte do Vietnã. Esses irmãos têm pagado o preço de segui-lo, e sabem que vale a pena. Ore para que aqueles que os cercam, como o povo Hmong, entreguem suas vidas a Cristo através dos seus testemunhos.

*Nomes e outros detalhes foram alterados por questões de segurança.
FontePortas Abertas Internacional
TraduçãoDaniela Cunha

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