Quênia: terroristas continuam a ameaçar as igrejas e os civis

No dia 30 de março, membros da Igreja Pentecostal Independente da África Oriental, em Mpekitoni, Lamu Ocidental, na costa queniana, encontraram um dispositivo explosivo dentro do complexo da igreja. Eles não sabem quem o plantou ou quem é o responsável. O dispositivo não detonado foi removido com segurança das instalações
Kenya_meeting.jpg
A descoberta aconteceu em paralelo à morte de um jovem em um apartamento, em Nairóbi, quando montava o que se acreditava ser um Dispositivo Explosivo Improvisado (sigla IED em inglês). Seu corpo foi achado na cozinha do apartamento onde ele estava montando o dispositivo, no subúrbio de Eastleigh, dominado pelos somalis. "A explosão foi muito forte", informou um vizinho abalado. Ela foi ouvida a vários quilômetros. A polícia diz que prendeu uma pessoa com ligação com o incidente e que as investigações estão em andamento.
Nesse ínterim, em uma amostra de solidariedade para com os cristãos, o vice-presidente queniano, William Ruto, compareceu ao culto de domingo, na Igreja Alegria em Jesus, em Likoni Mombaça, onde invasores desconhecidos abriram fogo contra os fieis no dia 21 de março, matando seis e ferindo cerca de 21. Falando à imprensa após o culto, ele incentivou os cristãos a não temerem ir à igreja e declarou: "Nenhum ataque terrorista irá deter os quenianos de comparecerem à igreja porque existe liberdade constitucional de culto garantida a todo cidadão".
"O radicalismo é perigoso e, como governo, não iremos nos comprometer com ele ou deixá-lo criar raízes em nosso país. Quero assegurar aos quenianos que iremos combater seus propagadores." Os mortos no ataque são o pastor auxiliar Philip Mutesa Ambetsa, Priscilla Mbula Kiilu, Bernard Ochieng, Judith Akinyi, John Nandala e Veronica Akinyi Osinya, que morreu em a tiros enquanto protegia seu bebê de 11 meses, Satrin. O bebê sobreviveu, mas está com uma bala alojada na cabeça. Ele foi levado para Nairóbi para receber tratamento especializado, ao qual está respondendo bem.
A Portas Abertas falou com Benson Osinya, pai de Satrin, por telefone. "Os médicos estão monitorando Satrin, mas ele está se saindo tão bem que você nem pode dizer que ele tem uma bala no cérebro e, verdadeiramente, agradeço a Deus por isso! Ele está correndo, comendo, dormindo, não como no começo, quando chorava e se recusava a comer ou dormir. Eu estava tão desesperado que só conseguia abraçá-lo e chorar com ele. Agora, está um pouco mais fácil. O neurocirurgião limpou e fechou o local de entrada e disse que, caso decidam remover a bala, o farão por outro local da cabeça. Ver o menino responder tão bem é encorajador para mim, ainda que eu esteja muito triste com a perda de minha esposa".
Enquanto isso, os que foram afetados pelo ataque estão recebendo aconselhamento de trauma financiado pelo governo e cuidados médicos. A maioria recebeu alta do hospital. Relatos recebidos pela Portas Abertas indicam que apenas quatro dos 21 feridos ainda permanecem no hospital.
A recente série de ataques violentos contra os cristãos do Quênia tem aumentado os temores sobre a aparente radicalização dos muçulmanos, especialmente entre os jovens, na região costeira.
Pedidos de Oração
  • Ore por consolo para as famílias enlutadas agora que a maioria dos funerais se encerrou.
  • Peça pela graça de Deus sobre a congregação Alegria em Jesus, enquanto tentam prosseguir com suas vidas. Ore para que o Senhor os encoraje e os fortaleça.
  • Interceda por todos os que estão se recuperando de ferimentos.
  • Lembre-se, em particular, do bebê Satrin. Agradeça ao Senhor pela resposta positiva ao tratamento. Ore para que os médicos tenham sabedoria ao considerarem os próximos passos. Ore também para que seu pai, Benson, experimente a graça e o consolo de Deus enquanto ele cuida de seu filho na ausência de sua esposa, Veronica, morta no ataque.
  • Clame para que o governo do Quênia tenha sabedoria enquanto trabalha para proteger todos os cidadãos contra ataques de muçulmanos radicais, especialmente os jovens da região costeira do país.
FontePortas Abertas Internacional
TraduçãoGetúlio A. Cidade

Comentários