Governo de Chiapas protege vítimas de violações da liberdade religiosa

Na última semana, dois representantes do grupo de evangélicos da região de Huixtan, Chiapas, se reuniram com o Secretário Geral do Governo, Noé Castañon Léon, para assinar um termo de compromisso que garante assistência às famílias que foram forçadas a sair de sua comunidade por não negar sua fé durante a realização de um culto em 23 de novembro de 2009
bandeira-mexico.jpg
Os representantes do grupo de cristãos são Sebástian Hernandez Santiz e Miguel Vásquez Mosham, que também assinaram o termo. Desta forma ficou firmado o compromisso do governo de garantir apoio econômico às famílias até que uma solução seja encontrada e haja possibilidade de reintegração destas famílias ao seu local de origem, para que possam viver em paz com o restante da comunidade.

As famílias aguardavam apoio das autoridades há quase cinco anos, e esta medida desperta o governo a planejar estratégias que contenham tais violações na região que, segundo a Christian Solidarity Worldwide (CSW), tem sido palco de grandes violações desde 1970, sem nenhuma ação concreta do governo.
Este acordo é um grande passo e traz satisfação às entidades que se esforçaram em realizar reuniões com as autoridades locais a fim de reduzir as discriminações motivadas por diferenças religiosas. A CSW esteve na região entre os dias 22 e 29 de abril deste ano para entrevistar estas vítimas e se reunir com organizações, funcionários do governo estadual, protestantes, líderes da Igreja Católica, a Comissão de Direitos Humanos do Estado de Chiapas, além de especialistas acadêmicos sobre o tema da intolerância e da diversidade religiosa.
Apesar de muitas destas vítimas receberem uma ajuda econômica do governo (bolsa que não supre a necessidade), a maior parte delas não alcança a justiça, por isto a impressão da CSW é que o governo parece ser incapaz de resolver as tensões e as expulsões que continuam a ocorrer com frequência na região de Chiapas. O Governo Federal foi acionado pela CSW a se envolver e criar uma cultura de tolerância e respeito pelos direitos humanos fundamentais como uma questão de urgência.
FonteANAJURE

Comentários