Leis de blasfêmia são principal mecanismo de perseguição no Paquistão

No mês passado, cristãos foram acusados de blasfêmia contra o islã em pelo menos três ocasiões. Em um desses casos, 35 cristãos foram acusados de uma só vez
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Os três casos aconteceram em Punjab, a maior província do Paquistão, lar de dezenas de organizações extremistas islâmicas. Isto é, onde a maioria dos casos de blasfêmia contra os cristãos foram apresentadas desde o início de 1980, época em que tais leis foram introduzidas pelo presidente Zia ul-Haq.

Os tribunais concederam fiança para os suspeitos nas três situações, o que é raro em casos de blasfêmia, dando origem à crença de que as acusações não têm fundamento.

No primeiro caso, um muçulmano apresentou um processo criminal contra um cristão por ele compartilhar a versão do Antigo Testamento da história de Ló, a partir do livro de Gênesis.

O incidente ocorreu no dia 23 de agosto, em Bahawalpur, cerca de 450 km de Lahore. Naja Masih, residente de Bahawalpur e varredor aposentado, de 70 anos, estava sentado fora de sua casa com Shahid Mehmood, que dirige uma barbearia na rua de Masih.

Eles estavam discutindo as semelhanças entre a Bíblia eo Alcorão, quando Masih foi acusado e imediatamente entregue à polícia. Em seu primeiro relatório de informações (FIR, sigla em inglês), apresentado na Delegacia de Polícia Civil Lines, o vizinho Mehmood afirmou que Masih tinha ferido seus sentimentos religiosos e, por isso, o processou.
FonteChristian Post
TraduçãoAna Luíza Vastag

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