Mais de uma centena de cristãos foram mortos nos últimos 12 meses no Paquistão

Pelo menos 120 cristãos morreram no ano passado em resultado de violência religiosa no Paquistão. Os dados são do mais recente relatório da Comissão dos EUA sobre Liberdade Religiosa Internacional
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Nesse relatório verifica-se que a violência contra as comunidades cristãs aumentou significativamente nos últimos meses. Sete cristãos foram mortos em ataques entre junho de 2012 e junho de 2013, enquanto nos últimos 12 meses foram já 128.
Este aumento exponencial deve-se, sobretudo, ao ataque à Igreja em Peshawar, em setembro do ano passado, em que pelo menos 119 pessoas morreram quando dois homens-bombas realizaram um ataque enquanto decorria um culto na igreja.
O grupo extremista islâmico TTP Jundullah, que tem ligações com os talibãs afegãos, reivindicou a responsabilidade pela explosão, que foi o mais mortífero ataque contra os cristãos na história do país.
No relatório da comissão norte-americana, refere-se que  os atentados contra “grupos religiosos” permanecem  a um nível “alarmante” no Paquistão, “com pouca ou nenhuma resposta eficaz por parte do governo a nível federal, estadual ou local”.
Na opinião dos relatores, “enquanto o governo não tomar medidas contra os autores da violência religiosa, protegendo os mais vulneráveis, a situação continuará a deteriorar-se”.
O Paquistão é considerado como um dos dez países no mundo onde a comunidade cristã é mais violentamente perseguida por causa da sua fé, registrando-se um elevado grau de impunidade para com os autores dessa violência, salientando-se os casos das conversões forçadas e da lei da blasfêmia, ambas responsáveis pelo aumento das tensões religiosas.
O caso mundialmente conhecido é o da cristã Asia Bibi, primeira mulher a ser condenada à morte sob as leis de blasfêmia do Paquistão. Leia mais aqui
FonteFundação AIS

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