Mais três cristãos do caso Acteal são libertados da prisão

Cerca de 30 cristãos foram presos, acusados falsamente de assassinarem 45 pessoas. Durante os 17 anos que estiveram presos, eles evangelizaram outros prisioneiros e, apesar das circunstâncias, permaneceram firmes em sua fé
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O massacre de Acteal ocorreu em 22 de dezembro de 1997, no qual 45 pessoas, que estavam reunidas em uma igreja, foram mortas, incluindo 21 mulheres e 15 crianças. Os assassinatos, desencadeados por um conflito local entre membros do Partido Revolucionário Institucional, no poder, e apoiadores dos rebeldes zapatistas, resultaram na prisão de 98 homens.
No entanto, as prisões foram feitas em resposta ao ultraje internacional de inação do governo; e a maioria dos condenados eram camponeses inocentes que haviam sido falsamente acusados das mortes.
30 dos detidos eram cristãos. Mesmo vivendo sob tais circunstâncias, estes homens compartilharam o evangelho com seus companheiros de prisão, e a maioria dos 98 homens tomou a decisão de seguir a Cristo durante a sua prisão. "Eu sempre soube que o Senhor me usaria dentro da prisão para cuidar de suas ovelhas", compartilhou Antonio Perez, um prisioneiro que era pastor em Acteal antes de ser preso.
Em 2002, a Portas Abertas tornou-se indiretamente envolvida com o caso, incentivando as famílias dos presos a permanecerem firmes, contribuindo para o custo da sua defesa jurídica, e mobilizando irmãos ao redor do mundo em oração.
Finalmente livresDepois de 17 anos presos, quase todos – exceto dois prisioneiros – foram libertados há algumas semanas. Recentemente, Lorenzo Ruiz Vasquez, Alfredo Hernandez Ruiz e José Ruiz Guzman foram declarados inocentes pelo Supremo Tribunal Federal na Cidade do México.
Antonio Perez foi solto em abril deste ano, e a equipe da Portas Abertas teve a alegria de abraçá-lo às portas da prisão El Amate quando ele deu seus primeiros passos como um homem livre. Seus familiares estavam muito gratos pelo apoio que a Portas Abertas tem dado aos prisioneiros de Acteal e suas famílias ao longo dos anos.
"Vocês são o povo de Deus e trabalham compartilhando o amor dele", compartilhou Juan, o filho mais velho de Antonio, sobre a atuação da Portas Abertas no caso de seu pai e de outros cristãos.
Os prisioneiros de Acteal são proibidos de retornar à sua cidade natal, já que o governo teme que isso poderia provocar mais conflitos na região. O governo, então, forneceu uma terra para a maioria dos prisioneiros que foram libertados, e eles também receberam recursos para construir novas casas.
Antonio compartilhou que o maior desejo dos prisioneiros libertados é construir uma igreja na terra que lhes foi dada. A Portas Abertas tem ajudado Antonio a se reestruturar em sua nova vida e apoiado na construção de sua igreja, bem como planejado oferecer treinamento bíblico para o grupo, assim que o templo for construído.
Pedidos de oração
  • Louve a Deus pela libertação de Lorenzo, Alfredo e José.
  • Peça ao Senhor pela liberdade dos dois prisioneiros restantes.
FontePortas Abertas Internacional, New York Times
TraduçãoAna Luíza Vastag

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