A influência islâmica num estado secular

18 fev 2015BANGLADESH

Nas últimas semanas, Bangladesh tem assistido a confrontos violentos, deixando pelo menos 38 pessoas mortas e mais de 200 gravemente feridas – a maioria em incêndios criminosos – após o aniversário de um ano das eleições
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Isto vem acontecendo devido a uma competição de longa data entre o partido da situação Awami League com o Partido Nacional de Bangladesh. Um relatório do Grupo de Crises International, publicado no início de fevereiro, relaciona alguns perigos.
 
"A revolta mútua entre ambas as partes tem sido prolongada por mais de 20 anos, então isso não é realmente uma novidade. No entanto, se a violência continua ou até mesmo aumenta, existe o perigo de que, mais cedo ou mais tarde, os militares intervenham, como já aconteceu antes.
Além disso, o perigo maior é que tanto o partido de situação como o de oposição estão tão ocupados em lutar entre si, que não notam grupos radicais islâmicos adentrando e aproveitando ondas de violência para fortalecer suas bases. Já é claro que o partido político islâmico Jamaat que é melhor e mais forte, capaz de mobilizar os seus militantes e levá-los para as ruas”, esclarece o relatório.
Combinado a este relatório estão outros que mostram que os grupos ‘importados’ de outros países, como Estado Islâmico, tem uma influência crescente em Bangladesh.
Isso é perigoso para todas as minorias religiosas, especialmente os cristãos, que são vistos como proselitistas e que tem crescido com o evangelismo principalmente em áreas rurais.
No final, o resultado de toda essa luta política pode transformar Bangladesh de um estado laico em um estado predominantemente islâmico, regido por grupos radicais extremistas o que, consequentemente, pode vir a hostilizar e perseguir cristãos.
FontePortas Abertas Internacional

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