09 fev 2015PAQUISTÃO
O marido de Aasiya (também conhecida como Asia) Bibi, cristã paquistanesa que está no corredor da morte por quase cinco anos – por supostamente ter blasfemado contra o profeta islâmico Maomé –, falou sobre a situação de sua família e alegou estar sob ameaças constantes
A lei de blasfêmia "destruiu nossas vidas", disse Ashiq Massih, à BBC. "Recebemos ameaças de morte. Não podemos ficar no mesmo lugar por muito tempo".
Massih, que tem estado escondido com seus cinco filhos desde a condenação de Asia Bibi, pediu de novo por ajuda. "Apelo à comunidade internacional para que nos dê suporte", disse ele. "E eu solicito ao governo paquistanês para que avalie esta lei [de blasfêmia]”.
A reformulação da lei de blasfêmia está sob consideração no Paquistão, mas é uma questão bastante delicada e perigosa – em anos anteriores, dois políticos que se manifestaram contra ela foram mortos.
No entanto, o tribunal que condenou Asia tem empurrado o caso para a nova legislação que promete dificultar e, se possível, inviabilizar futuras condenações de blasfêmia. Em outubro passado, o Supremo Tribunal do Paquistão confirmou a pena de morte de Asia Bibi por suposta blasfêmia contra o profeta Maomé em 2009. Ela foi condenada em 2010.
Enquanto permanece na prisão, Asia sofre ameaças de abuso e morte. A Portas Abertas pede que os cristãos ao redor mundo continuem a orar por ela.
Os cristãos representam menos de 2 por cento da população do Paquistão, enquanto que cerca de 95 por cento é composta por muçulmanos. O país está no oitavo lugar da Classificação da Perseguição Religiosa, lista atualizada anualmente pela Portas Abertas, e que revela os 50 países mais perseguidores aos cristãos.
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Leis de blasfêmia são principal mecanismo de perseguição no Paquistão
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FonteWorld Watch Monitor e Portas Abertas USA
TraduçãoAna Luíza Vastag
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