Cristãos indonésios aprendem a amar os perseguidores

20 abr 2015INDONÉSIA

Jesus nos mandou amar ao próximo como a nós mesmos. Mas, para a igreja indonésia, cercada por comunidades muçulmanas, esta é uma tarefa difícil. Enquanto a maioria dos muçulmanos indonésios é simpática e tolerante, um pequeno grupo de radicais tem persistentemente espalhado mensagens contra cristãos e vem ganhando cada vez mais seguidores. Em lugares onde o extremismo tomou conta, vizinhos frequentemente mostram seu ódio para com os cristãos
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Em tal cenário, a Portas Abertas está presente para lembrar a igreja de que os muçulmanos têm que fazer parte de nossas orações e que devemos amá-los. Com o objetivo de motivar os cristãos a amar, abençoar e chegar aos muçulmanos na Indonésia, a Portas Abertas realiza o Seminário Consciência Islâmica. O seminário, normalmente com a presença de 40 a 60 participantes de várias igrejas e ministérios, transmite conhecimento sobre o movimento islâmico no país e fornece passos simples para aproximar cristãos de vizinhos muçulmanos.
Para isso, no entanto, os cristãos precisam olhar para os muçulmanos de forma diferente e se despir de todo o temor que sentem pelo islamismo, o que não é fácil quando se sentem ameaçados por eles. "Na sexta-feira, durante a oração islâmica, o pregador frequentemente afirma que os cristãos são kafir (infiéis)", diz cristão indonésio, que ouviu a pregação de alto-falantes da mesquita local.
Outro cristão foi violentamente atacado para compartilhar o Evangelho. Enquanto ele estava dormindo, um desconhecido entrou em sua casa e esfaqueou-o muitas vezes, deixando-o em estado crítico. Felizmente, sua família conseguiu salvar sua vida e ele está totalmente recuperado. No entanto, o incidente deixou cicatrizes em seu rosto, em suas pernas e em sua mente.
Tão desafiador a essa comunidade, o seminário tenta lembrar aos cristãos para ver os muçulmanos não como agentes de perseguição, mas como almas atormentadas, muitas vezes usadas pelo inimigo, porque Jesus está ausente em suas vidas. Não se deve ter medo dessas pessoas, mas ter compaixão por elas, amá-las e testemunhar de Jesus para elas.
Willy, um cristão recém-convertido que acabou de terminar o ensino médio, tinha seu próprio objetivo de amor quando resolveu fazer o Seminário.
"Minha mãe vem de uma comunidade muçulmana conservadora. Por outro lado, meu pai é um ex-cristão que decidiu seguir a religião da minha mãe quando eles se casaram", diz ele. A lei Indonésia proíbe o casamento entre pessoas de diferentes religiões. "Eu recebi a Cristo na escola através da minha tia, uma pregadora leiga", ele continua a sua história.
Como esperado, a mãe de Willy reagiu violentamente à sua decisão. "Quando descobriu que eu ia à igreja, ela jogou uma faca em mim. Demorou algum tempo antes que ela finalmente me permitiu ir à igreja, e ainda ficava resmungando", conta.
Logo depois de sua conversão, uma igreja local enviou um mentor para alimentar sua fé. Através dele, Willy aprendeu a orar pela salvação de sua família, especialmente a de sua mãe. Mas a oração por si só não é suficiente. Como podia o jovem Willy mostrar o Deus único e verdadeiro a ela? "Ela é a razão pela qual eu estou aqui, aprendendo nesse seminário", disse ele.
Além de desejar toda sua família convertida a Jesus, Willy tem um sonho para si mesmo: "Por favor, orem para que eu continue meus estudos fora desta cidade, para que eu possa livremente ir para a igreja e seguir a Cristo."
A Indonésia tem a maior comunidade muçulmana do mundo, e os cristãos compõem cerca de 15% da população total. Apesar de uma nação secular, a Indonésia tem vivenciado ataques contra os cristãos, o que a colocou em 47º lugar na Classificação da Perseguição Religiosa 2015. Nos últimos três anos, a Portas Abertas treinou mais de 300 cristãos, ajudando-os a construir pontes até os muçulmanos e desenvolver o interesse para o campo missionário através do Seminário Consciência Islâmica.
Pedidos de Oração• Ore para que os participantes do Seminário sejam capacitados e usados por Deus para estender a mão aos muçulmanos.
• Ore para que mais igrejas se levantem em oração pelos muçulmanos, especialmente os grupos fundamentalistas e radicais.
• Ore também para novos convertidos, que são ex-muçulmanos, que participam dos seminários e que são agentes eficazes de evangelismo.

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