Neste Dia das Mães, abrace as mães de Chibok com a sua oração

10 mai 2015NIGÉRIA

No texto a seguir, uma colaboradora da Portas Abertas na África afirma que neste Dia das Mães ela não irá agradecer e orar a Deus apenas por sua própria mãe, mas ela estará pensando nas mais de 200 mães das meninas de Chibok, cuja angústia sobre o destino de suas filhas continua
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O Dia das Mães foi iniciado por Anna Jarvis no início de 1900 para honrar o trabalho de sua mãe como uma ativista da paz e para homenagear mães, “a pessoa que fez mais por você do que qualquer outra pessoa no mundo". A intenção de Anna na criação do feriado foi de que as pessoas apreciem e presenteiem suas mães, escrevendo uma carta pessoal, à mão, que expresse seu amor e gratidão por elas. Hoje o Dia das Mães se tornou uma oportunidade para celebrar a maternidade, as obrigações maternas, e a influência das mães na sociedade.
Neste Dia das Mães, eu quero agradecer à minha própria mãe por seu amor sacrifical por mim. Eu também a agradeço por estar sempre ao meu lado. Ela sempre vê o bom em mim (mesmo que às vezes, eu sei, seja difícil de enxergar), sempre me perdoa quando peco contra ela, sempre abraça minhas ideais e sempre me apoia a levá-las adiante. Não há ninguém como a minha mãe; eu a amo profundamente.
Mas, da mesma forma que eu agradeço ao Senhor por minha mãe e oro para que Ele a abençoe e continue a confortá-la em todas as suas necessidades, espirituais e físicas, não posso deixar de pensar nas mais de 200 mães das meninas de Chibok que, mesmo depois de um ano, continuam desaparecidas; desde seu sequestro em abril de 2014.
O governo tem salvado centenas de mulheres e crianças dos campos do Boko Haram na floresta Sambisa, e nós louvamos o Senhor por isso. Mas não houve nenhum sinal das meninas de Chibok, e é em suas mães que eu também estarei pensando neste domingo.
Para mim, imaginar o que essas mães estão passando é impossível. Eu não consigo ter a dimensão da angústia que elas estão enfrentando: as noites sem dormir, o estresse constante, o desequilíbrio incessante entre a esperança e o desespero, o desejo de saber, ao menos, o que aconteceu com suas filhas.
Embora eu não consiga entender o que elas já passaram, há um que conhece as profundezas de seu sofrimento. Jesus está familiarizado com a sua dor. Ele caminhou pelas estradas empoeiradas de terra e voluntariamente se submeteu à homens maus e aos seus sistemas malignos. Ele também tinha um pai que perdeu seu filho – seu único Amado –, a fim de me libertar.
Os conselhos de Deus estão muito acima da sabedoria dos seres humanos. Eu não sei quais são os seus propósitos para as meninas de Chibok e para os seus pais. Mas ele prometeu não deixar que a nossa dor e angústia fosse infrutífera e inútil. Crendo nesta promessa, a minha oração de Dia das Mães é que o Senhor visite essas mães e ministre aos corações delas. Minha oração é que a paz que excede todo o entendimento e toda a minha compreensão esteja sobre a vida delas. Eu oro pela graça sobrenatural que lhes permita dizer: ‘Eu não entendo a situação da minha família. Mas eu confio’.
Neste Dia das Mães, abrace as mães de Chibok com a sua oração!
FontePortas Abertas Internacional
TraduçãoAna Luíza Vastag

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