Um ano desde a sentença de Meriam, mas a perseguição continua a aumentar

27 mai 2015SUDÃO

No dia 15 de maio completou um ano que a Meriam Ibrahim foi condenada a chibatadas, por adultério e a morte, por apostasia. A campanha por sua libertação foi acompanhada por milhares de pessoas ao redor do mundo, embora agora ela esteja livre, a situação dos cristãos no Sudão continua a piorar
27_Sudao_Meriam_Reuters
Quando Meriam foi declarada inocente de todas as acusações e liberta da prisão em 25 de junho de 2014, a população sudanesa teve esperança de que a liberdade de religião ou crença, tão escassa nesse país, mudaria através da campanha por sua libertação.
Mas, no dia 1º de julho, menos de uma semana depois, o governo do Sudão destruiu a Igreja Sudanesa de Cristo, em Cartum. A justificativa para a ação é que o governo pretende usar o terreno para a construção de habitações para pessoas de baixa renda.
Não satisfeito, no mesmo mês, um ministro do governo disse que os cristãos já tinham igrejas suficientes e proibiu a construção de novas. O país é de maioria muçulmana, mas, oficialmente, deveria permitir a liberdade religiosa.
No mês seguinte, em agosto, a Igreja Central de Cartum foi fechada pelo governo, pois o edifício foi registrado como escritório, mas era usado como um local de culto. Ao levarem a certidão de propriedade aos oficiais, os líderes da igreja se depararam com uma nota assinada por um membro sênior da igreja que declarava que a propriedade poderia apenas para ser usada como escritório e não como local de culto. Suspeita-se que ele assinou o depoimento sob pressão e lhe foi dito para não contar a ninguém.
Até então, os membros das igrejas destacadas estão sem lugar para culto.
Em outubro, divulgamos uma nota de que os advogados da cristã Meriam Ibrahim desafiam a lei de apostasia do Sudão. As leis postas em discussão condenam a conversão à outra religião que não seja o islamismo.
O Sudão, em 2014, era o 11º colocado na Classificação da Perseguição Religiosa, uma lista anual publicada pela Portas Abertas dos 50 países onde viver como cristão é quase impossível. Neste ano, o país subiu para o sexto lugar.
FonteLetícia Epifanio
TraduçãoChristian Today e Portas Abertas Internacional

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